Não menospreze a sua herança

“Veja bem por onde anda, e os seus passos serão seguros. Não se desvie nem para a direita nem para a esquerda; afaste os seus pés da maldade.” (Provérbios 4:26-27 NVI).

Infleizmente a falta de ponderar – avaliar muito bem aquilo que desejamos fazer, principalmente no nosso caso, fazendo isso à Luz da Palavra de Deus – tem levado muitos homens de Deus à ruina, levando-os a jogar fora a bênção.

“Ao chegar a época de dar à luz, confirmou-se que havia gêmeos em seu ventre. O primeiro a sair era ruivo e todo o seu corpo era como um manto de pêlos; por isso lhe deram o nome de Esaú. Depois saiu seu irmão, com a mão agarrada no calcanhar de Esaú; pelo que lhe deram o nome de Jacó Tinha Isaque sessenta anos de idade quando Rebeca os deu à luz. Os meninos cresceram. Esaú tornou-se caçador habilidoso e vivia percorrendo os campos, ao passo que Jacó cuidava do rebanho e vivia nas tendas. Isaque preferia Esaú, porque gostava de comer de suas caças; Rebeca preferia Jacó. Certa vez, quando Jacó preparava um ensopado, Esaú chegou faminto, voltando do campo, e pediu-lhe: "Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto!" Por isso também foi chamado Edom Respondeu-lhe Jacó: "Venda-me primeiro o seu direito de filho mais velho". Disse Esaú: "Estou quase morrendo. De que me vale esse direito?"” (Gênesis 25:24-32 NVI).

Esaú fez aquilo que normalmente fazemos : errou o alvo – basicamente a decisão errada, baseda na prioridade errada.

• Nossa vida é a soma de todas as decisões que tomamos, diariamente, e estas são determinadas por nossas prioridades.

• As prioridades determinam a qualidade da vida, ditam todas as nossas ações e o nosso comportamento. Logo é importante compreendê-las e identificá-las.

• A maior tragédia da vida não é a morte, mas sim viver sem propósito ou com as prioridades erradas.

Esse é o principal passaporte para o afastamento de Deus, enveredando-nos por um caminho estritamente religioso :

• E religião prepara o homem para deixar e terra; a proposta do Reino de Deus é capacitar o homem a reinar neste planeta – motivo pelo qual o mesmo foi criado.

• A religião busca aproximar o homem de Deus; Deus com Seu amor, como no exemplo do filho pródigo, vem correndo ao encontro do homem :

“Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: 'Pai, quero a minha parte da herança'. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. "Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. "Caindo em si, ele disse: 'Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados'. A seguir, levantou-se e foi para seu pai. "Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. "O filho lhe disse: 'Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho. "Mas o pai disse aos seus servos: 'Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Coloquem um anel em seu dedo e calçados em seus pés.” (Lucas 15:11-22 NVI).

Na nossa visão religiosa, tentamos nos aproximar do Pai, nos justificando pelos erros cometidos, porém é o próprio Deus que CONSTANTEMENTE Se apresenta com Seus braços abertos para nos receber, nos perdoar e nos restituir tudo àquilo que desprezamos uma vez em Sua companhia. Toda vez que abandonarmos a comunhão com o Pai, inevitavelmente acabaremos sofrendo as duras e amargas conseqüências por tais atos. Quantas vezes ao invés de amarmos aquilo que temos junto do Pai, somos os primeiros a desprezar. Exemplo : quantas vezes menosprezamos o lugar onde moramos, a empresa que trabalhamos, o salário que recebemos, ao passo que se ali estamos é porque Deus conta conosco ali, afim de através de nós faz a diferença. Quantas vezes condenamos alguém, julgamos alguém por suas atitudes, por seu credo, sendo que não fomos chamados para julgar e sim para amar e abençoar. Quantas vezes alguém discorda de nossas idéias, métodos ou pensamentos e nós o(s) retaliamos, sendo que o exemplo de Jesus mostra o contrário? Quantas vezes desrespeitamos o espaço e a liberdade de alguém tendo impor algo a ele, sendo que Jesus jamais fizera isso? O desejo de Deus é que Sua Igreja, Seu povo cresça e seja aperfeiçoado, não tendo que se fazer dependente de ninguém, nem de nada, a não ser do Senhor Jesus (conforme Efésios 4:11-15).

• A religião tenta escapar deste mundo; Deus quer usar o homem para causar impacto, influenciar e transformar este planeta.

• A religião quer levar a terra para o céu; Deus por Sua vez, deseja trazer o céu para terra.

Toda vez que deixamos um impulso natural – uma necessidade, um anseio que for – ditar as prioridades em nossas vidas, erramos com Esaú – no caso dele era a fome, o cansaço – ou como o filho pródigo – o desejo de viver sua vida, usufruir dos seus bens da forma que bem entendesse – ou até mesmo como o rei Saul, que por (receio) medo ao ver o povo se dispersando correu para oferecer sacrifícios no lugar do sacerdote. Como disse Salomão, temos de ponderar, tomar um sério cuidado nas decisões, para não invalidarmos, desprezarmos a bênção que está em nossa vida – através da Promessa – como fizera Esaú.

Quantas vezes por preocupação ou ansiedade, diante de um problema no seio da família, agimos por conta própria, invalidando a Promessa que está sobre nós e nossa casa (conforme Atos 16:31). Ou diante de uma dificuldade financeira, saimos daquilo que nos garante a Palavra (conforme Filipenses 4:19) por conta de um impulso natural. Em suma, toda vez que o homem decide caminhar de forma natural, despreza e invalida em sua vida o plano e o agir de Deus.

“O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança.” (Salmos 25:14 NVI).

Esse é o desejo de Deus, dar o Seu melhor para aqueles que O amam e O respeitam. Ele jamais nos dará algo usado, remanejado, bem pelo contrário, SEMPRE nos dará aquilo que ninguém jamais ouviu, viu ou conheceu. É como aquele casal de noivos que se guarda para a noite de núpcias, na qual cada dará ao seu cônjuge o seu melhor, o seu segredo, a sua intimidade. Assim é Deus para conosco. Não despreze aquilo que Deus tem de melhor para te dar.