AS LEIS DO SUCESSO
- Lidando com o medo das mudanças -
Uma breve ilustração :
Em 3 de agosto de 1492, Cristóvão Colombo zarpou de Palos, no sul da Espanha, em busca de uma rota ocidental para a Ásia.
Ele estava convencido de que o mundo era redondo, a despeito de quase todas as pessoas da Europa acreditarem que fosse plano.
A maioria das pessoas acreditava que um navio navegando bem ao oeste cairia da extremidade da Terra!
Colombo confirmou suas suspeitas de que a terra era uma esfera. E, após meses de exploração e a perda de um navio, ele voltou para Palos, em 15 de março de 1493, como um herói. E, em questão de meses, a perspectiva de todos na Europa acerca do formato da Terra mudou drasticamente. Isso levou a uma rápida a transformadora revolução do mundo, certo?
Não exatamente! Colombo foi considerado um herói, mas as pessoas não mudaram de opinião sobre o formato da Terra.
Naturalmente, todos resistem à mudança! As pessoas normalmente não gostam de mudanças, a menos, é claro, que a idéia seja delas!
Se analisarmos, ao longo da Bíblia Sagrada [mais completo compêndio de conhecimento empírico, filosófico, científico e teológico], veremos que Deus faz uso de mudanças para cumprir Seus propósitos na vida – e através dela – dos Seus eleitos.
••► Para fazer de Abrão o pai de nações, Deus o tirou [convocou-lhe a mudar] de Harã (GÊNESIS 12:1-2). Antes de ver o que tanto almejava, Abrão precisava sujeitar-se à mudança que Deus lhe pedira (vs. 1).
••► Isso envolvia deixar para traz tudo o que ele conhecia por estrutura – terra onde foi criado e aprendera todos os costumes e regras pelas quais vivera uma vida toda; deixar a casa de seu pai, lugar que conhecia como referência de segurança; deixar para trás aquele ambiente que lhe era confortável, amistoso e amigável [parentela]! Isso tudo com um detalhe pitoresco – ir para um lugar que não conhecia e não sabia onde ficava, ou seja, confiando estritamente naquilo que Deus lhe diria; uma mudança “às cegas”!
••► Somente após cumprir essas “exigências” de Deus, Abraão estaria credenciado a ver os resultados grandiosos desta mudança (vs. 2-3).
••► Podemos citar também José, filho de Jacó, que recebera de Deus a “visão” daquilo que Deus tinha para ele (GÊNESIS 37:6-11), nutrindo um sonho de ver cumprida em sua vida tal promessa (vs. 6-7, 9), porém para que isso acontecesse, fora imposta à José uma drástica mudança : ele precisava ser vendido por seus irmãos aos midianitas e, depois por fim vendido no Egito como escravo à Potifar, mudando assim completamente tudo com o que José fora acostumado desde a infância (GÊNESIS 37:3).
••► Posteriormente, já tendo ele “achado graça” aos olhos de Potifar (GÊNESIS 39:1-6a), sendo então o administrador de tudo o que o mesmo possuía, sendo José fiel em tudo (vs. 7-9, 12), lhe foi imposta uma nova “mudança”, tendo sido ele outra vez lançado na prisão, mesmo sendo ele inocente (vs. 20).
••► Porém tudo isso era necessário para que José estivesse no lugar certo, na hora certa, a fim de ascender ao trono como primeiro-ministro de Faraó – o mais alto posto não só do Egito, mas do mundo conhecido naquela época (GÊNESIS 41:10-16, 38-45).
Em qualquer uma das narrativas anteriores, se houvesse “recusa” em mudar, haveria também a perda das recompensas que as mudanças trouxeram! Haveria uma recusa natural aos resultados maravilhosos que só aquelas mudanças poderiam trazer a seus protagonistas! E a idéia dessas mudanças não partir nem de Abrão, nem de José, mas de Deus!
“A única pessoa que gosta de mudança é um bebê molhado!” – MARK TWAIN, romancista norte-americano
• As pessoas resistem à mudança por causa da “perda pessoal” – desconforto : Toda vez que a mudança está para acontecer, a primeira pergunta que surge na mente das pessoas é de que modo essa mudança irá afetá-las.
Por exemplo, imagine que um colega de trabalho se aproximou de você hoje e disse : “Acabei de ouvir que o chefe está despedindo algumas pessoas hoje!”
Será que a primeira coisa que veio à sua mente foi : Eu gostaria de saber que condições do mercado o levaram a tomar essa decisão?
Ou foi : Será que ele está se sentindo mal por ter de fazer isso?
Ou : Gostaria de saber como impactará os lucros da empresa?
Contrariando todas as expectativas mais otimistas, na maioria dos casos, a pergunta seria : Será que estou na lista?
A natureza humana simplesmente é assim. Nos momentos em que estamos diante da mudança, podemos, de repente, nos sentir sozinhos e vulneráveis!
As pessoas otimistas verão mais rapidamente o que há de bom em grande parte das mudanças, e talvez tentem nos incentivar, dizendo algo do tipo : “Tudo bem. Essa mudança é para melhor!”
Mesmo quando uma mudança é boa, abriremos mão de coisas que às vezes são importantes para nós!
“Para tudo o que você ganha, você perde algo!” – RALPH WALDO EMERSON, escritor norte-americano
É como aquele bebê que ficou os nove meses de gestação, devidamente “aconchegado” no útero amigável, seguro e confortável de sua mamãe, mas que se obriga a sentir o desconforto da mudança chamado “nascimento”!
Vejamos melhor esse aspecto à luz da Bíblia em MATEUS 25:15-25. O medo de mudar do homem que recebera um talento, fez com que ele disperdiçasse o que de mais precioso tinha em mãos (vs. 18).
Tal atitude lhe custou caro, pois ele perdera o que possuía (vs. 28). Quantas vezes perdemos as maiores e melhores chances pelo simples “medo da mudança”?
Além disso, o final da história deste homem foi por assim dizer “lastimável” (vs. 30). Quantos por serem assombrados e aterrorizados pelo “fantasma da mudança”, se paralisam, não agem quando e como devem, acabando por ter uma vida medíocre e miserável?
“Todo começo é uma conseqüência. Todo o começo é o fim de alguma coisa!” – PAUL VALÉRY, poeta e filósofo francês
“E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (ROMANOS 12:2 ACF)
As maiores perdas que acumulamos em nossas vidas estão diretamente ligadas ao medo das mudanças.
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