segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Aquilo que pensamos, nossas crenças e convicções pessoais nos afetam
“Porque, como imaginou na sua alma, assim é” (Provérbios 23:7a).
Muito daquilo que sentimos (experimentamos) se deve aos conceitos errados que formamos em nossa mente, inclusive sobre nós mesmos. Ninguém que pensa como peru pode voar como uma águia.
Os nossos padrões de pensamento – crenças, convicções, conceitos e pontos de vista – regem nossas vidas. Aquilo que experimentamos se deve aos pensamentos que alimentamos. As informações que recebemos como verdade sobre nós e sobre os outros, determinam nossas emoções em relação aos outros e a nós mesmos. “Os chineses usam duas pinceladas para escrever a palavra crise. Uma pincelada representa a palavra perigo; a outra representa oportunidade” – John F. Kennedy. Dependendo de como pensamos, vemos oportunidades nas crises.
Os bebês-elefante são confinados, desde o nascimento, num espaço muito reduzido. O treinador prende suas pernas em um poste de madeira, o que reduz a área de manobra do animal ao comprimento da corda – eles tentam escapar, mas a corda os impede, então aprendem que não podem ir além. Quando crescem, mesmo se tornando colossais de 5 toneladas que facilmente arrancariam o poste de madeira e a corda, sequer tentam, porque formam condicionados desde bebês por um pensamento errado de que isso não lhes era possível. Nossas crenças e convicções são responsáveis diretos por aquilo que vivemos.
Conta-se uma história que Pedro estava passando um final de semana com uma família judaica, e notara que, durante as refeições, eram servidos pães assados ao forno, mas sempre com as pontas cortadas. Na última refeição, já vencido pela curiosidade, tomou coragem e perguntou por que eles cortavam os bicos dos pães. A dona da casa respondeu : “Eu faço assim porque sempre vi minha mãe fazer desse jeito”. Como os olhares se dirigiram para a mãe, esta respondeu : “Eu fazia desse modo porque também via a minha mãe cortar as pontas dos pães”. Dessa vez, todos os olhares convergiram para a velhinha sentada numa cadeira preguiçosa ao lado da mesa, a qual sorriu e respondeu : “É verdade que eu sempre cortava as pontas dos pães. Mas eu fazia isso porque o forno era muito pequeno e não cabia um pão inteiro”. A mente tem a capacidade de copiar e perpetuar comportamentos.
A bem da verdade, nossa mente é regida por leis que não podem ser ignoradas :
“Pensamentos geram sentimentos e a eles se referem” – Todo sentimento provém de um pensamento correspondente. Lembremos de Elias que ao assimilar a frase ameaçadora de Jezabel, deu vazão ao sentimento de medo em seu coração, o qual o dominou e fez fugir (conforme 1 Reis 19:1-3).
“Você é o que pensa, não o que pensa que é” – Aquilo que ocupa o seu pensamento é o que determina a essência do seu ser. Em suma, aquilo que ocupa o nosso pensamento vai determinar o nosso sucesso ou o nosso fracasso e também nossas reações na vida. Um sábio A. W. Toser disse : “Quem quiser conhecer sua verdadeira condição pode fazê-lo verificando quais foram os seus pensamentos nas últimas hora ou dias. Em que pensou quando estava livre para pensar o que quisesse (agradasse)? Para onde se voltou o mais íntimo do seu coração quando estava livre para voltar-se para onde quisesse?” Sendo sinceros em nossas respostas, descobriremos não só o que somos, mas também o que vamos ser. Lembremos de Gideão que mesmo diante das declarações poderosas do anjo do Senhor, se via como um legítimo fracasso (conforme Juízes 6:11:15).
“Um sentimento só pode ser mudado se a informação (pensamento) que o originou for modificado” – Um exemplo muito comum é a mágoa : muitas pessoas acham dificuldade em perdoar porque elas querem deixar de sentir a mágoa antes de perdoar. Só poderão perdoar de fato tendo por base uma decisão fundamentada na Palavra de Deus, que nos diz que devemos perdoar. Esse novo pensamento gera o sentimento de misericórdia, vencendo assim a famigerada barreira. Lembremos do testemunho de José ao assumir que venceram os sentimentos amargos por ter sido traído por seus irmãos (conforme Gênesis 41:51-52).
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