- Aprendendo a compartilhar vida um com o outro! -
“Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.” (Gênesis 2:24 NVI)
Na sua essência, o casamento tem a idéia da unidade, ou seja, o oposto de individualismo.
É o compartilhamento de vida um com o outro, o mais profundo possível!
São culturas, ideais, princípios, idéias – e algumas vezes fé – distintos que passam a coabitar junta e intimamente relacionados.
Para dar certo, o casal precisa se ver como uma equipe unida, e não como dois indivíduos que, por acaso, estão vivendo em íntima proximidade.
Casamento saudável provê o ambiente mais seguro e mais eficaz para educação dos filhos. Além disso, a vida é mais fácil quando dois corações e mentes se comprometem a trabalhar em conjunto para enfrentar os desafios do dia-a-dia! (vide Eclesiastes 4:12)
O aumento explosivo da taxa de divórcios acrescenta mais combustível ao medo, falta de esperança, desilusão e desespero que as pessoas sentem com relação ao casamento.
Essencialmente, estamos produzindo uma geração cujo apreço e respeito pela instituição do casamento está se desintegrando, banalizando assim essa grande idéia de Deus.
A cobertura desenfreada e negativa da imprensa de casamentos que fracassaram serve para desgastar ainda mais o respeito, a confiança e a posição que o casamento ocupava na estrutura social da humanidade.
Muitas vítimas de casamentos fracassados e famílias divorciadas desenvolvem ressentimento e raiva reprimida, que se manifestam numa transferência de geração para geração de relacionamentos rompidos e disfunção emocional.
Em função do medo do fracasso, alguns têm afirmado claramente que não acreditam no casamento,nem pretendem se casar.
Muito disto se dá em função dos problemas de comunicação entre o casal. Uma das mais corriqueiras alegações é a falta de tempo.
Porém não existe esta história de “arrumar” tempo. O tempo já está previsto, medido em quantidades iguais para todos. Não podemos criar mais tempo do que já temos (vide Eclesiastes 3:1).
Não é tempo que nos falta, mas coração!
O que temos a fazer é redistribuir nosso tempo para que não o utilizemos muito em “coisas sem importância” e, sim, naquilo que é importante – como por exemplo aqueles que amamos!
O problema que todos nós enfrentamos, é que o tempo é como a água que flui de um rio : flui para o lugar que oferece menor resistência – como por exemplo trabalho, televisão, amigos, etc.
Muitas vezes esses fatores “escoadores” de tempo, são na verdade uma válvula de escape da realidade!
Precisamos não só de tempo, mas tempo de qualidade para estar com aqueles que amamos!
Nosso casamento não clama por tempo. Ele está ali sempre, como parte de nós.
O casamento em si tem suas recompensas, mas exige empenho e trabalho! Por esse fato, é preciso de tempo para conversar, para ouvir de fato o cônjuge, para revelar suas expectativas e compartilhar seus sonhos! Mas como fazer isso?
“Represando” as outras áreas, o que significa estabelecer limites ao redor delas e canalizar mais tempo com qualidade [estar próximo NÃO É simplesmente proximidade, mas estar junto quer dizer prestar atenção] para o casamento.
A disciplina do tempo pode nos ajudar a sermos bem-sucedidos, porque a sua utilização será muito mais eficiente!
Podemos nos certificar juntamente com nosso cônjuge de que ambos estão felizes como tempo que concedem um ao outro!
É óbvio que o tempo voa, mas nós podemos orientar a direção do vôo!
Ninguém tem mais ou menos tempo do que você, afinal de contas no rio do tempo, estamos TODOS no mesmo barco!
Além do fator tempo, no que diz respeito à comunicação, precisamos levar em conta as formas através das quais essa comunicação se desenvolve!
Somos especialistas em “dizer/falar” sobre algo, porém no “fazer/praticar” já nem tanto.
Somos bons em dizer “eu te amo”, mas atitudes concretas, ou seja, somos tão bons em demonstrar aquilo que dizemos?
Sem dúvidas seu cônjuge gosta de ouvir suas declarações de amor, mas, também aprecia profundamente quando você demonstra de forma concreta o que diz, que corrobore suas palavras, em vez de só verbalizá-las!
Os atos falam muito mais alto que palavras, sejam eles práticos ou românticos!
Por exemplo, por que a mulher normalmente tem suas amigas como confidentes? Pelo simples fato de que suas amigas não apenas dizem que são amigas, mas demonstram com suas atitudes! Dispostas a ouvi-las, chorar com elas, sair com paciência para ajudá-la a fazer compras e tudo que se fizer necessário para aquela relação!
E você homem, é assim, “amigo” de sua amada?
Por que o homem se sente tão à vontade com o controle remoto, com o carro, com a bola ou com seus colegas de trabalho?
Simplesmente pelo fato de que mesmo não dizendo que os amam, os personagens acima não fazem “escândalo” quando eles chegam atrasados ou fora do horário normal em casa.
Suas palavras de amor serão muito mais verossímeis se seus atos forem compatíveis com elas!
Pense nisto... Se você fosse mudo, como você expressaria amor por seu cônjugeQ?
O objetivo do amor não é você conseguir algo que deseja, mas fazer alguma coisa significativa pelo bem-estar de quem você ama!
Devemos, em primeiro lugar, saber o que realmente é importante para o nosso cônjuge!
A propósito, você sabe o que é importante para o seu?
O encorajamento exige empatia que nos leva a enxergar o mundo sob a perspectiva do cônjuge.
Empatia – Capacidade de compreender emocionalmente a outra pessoa; capacidade de sentir o outro e reconhecer suas necessidades!
Se desejamos desenvolver um bom relacionamento precisamos saber quais são os desejos da pessoa amada e investir nisto!
Se queremos amar e ser amados, precisamos saber como fazê-lo.
Não existe felicidade para o casal se não houver investimento de ambas as partes!
A atmosfera que envolve o livro de Cantares é a preocupação do noivo com tudo que dizia respeito à sua noiva e vice-e-versa! E conosco, é assim?